terça-feira, 29 de abril de 2008

[Ouvir] Age of the Understatement - The Last Shadow Puppets

 

Será sem dúvida nenhuma um dos albuns do ano….Extraordinário.

 

segunda-feira, 28 de abril de 2008

[Admirar] Canoe Lake – Peter Doig

 

Os Ingleses têm a Saatchi Gallery, a Saatchi Gallery tem um dos quadros da minha vida “Canoe Lake” de Peter Doig, enfim existe gente com muita sorte.

O poder desta visão é tremendo e invocativa das noitadas passadas na década de 80 a vibrar com os feitos do menino Vorhee, a calma e lassidão que nos invadem aquando da contemplação desta obra gigantesca é uma experiência única e algo que todos deveriam ter o prazer de desfrutar.

 

Peter Doig - Canoe-Lake

 

Visto na  Saatchi Gallery - Londres.

[Ver] Boarding Gate

 

Asia_Argento_stars_in_Boarding_Gate

   

Título Original:
"Boarding Gate" (2007) [France / Luxembourg]

Realização:

Olivier Assayas

Actores:

Asia Argento  - Sandra 
Michael Madsen  - Miles Rennberg 
Carl Ng  - Lester Wang 
Kelly Lin  - Sue 
Joana Preiss  - Lisa 
Alex Descas  - Andrew 
Kim Gordon  - Kay

Comentário

O françês Olivier Assayas é mais um daqueles realizadores europeus com um percurso cinematográfico cinzento, recheado de filminhos que não deixam muita marca em quem os vê.

Este Bording Gate é mais um desses filmes, um enredo perdido e confuso, actores completamente à deriva, custa ver a decadência a que a filha do mestre dos Giallos chegou.

Assayas nunca se decide ao longo do percurso narrativo, em determinada altura parece pretender explorar a suposta dimensão marginal de Sandra (Asia Argento) com os seus relatos S&M e o consumo desaustinado de drogas, rapidamente no entanto, salta para a exploração da vertente infantilmente ingénua, a história tanto nos leva para uma explanação erma de ideias do típico B movie, com a desvantagem de Assayas explorar um plot pobre, em enfadonhos 106 minutos quando um típico B se esgotava nos usuais 80 minutos não dando tempo para o desnudar dessas fraquezas; como de seguida estamos a navegar em águas de uma sensaborona intriga internacional.

No meio disto, Olivier Assayas, tem ainda tempo para desbaratar completamente o trabalho inteligente de Madsen.

Um filme chato, chato. Se se apanharem a dormir no vosso lugar depois da cena de sexo, não se preocupem que não serão os únicos.

[2/5]  BORING GATE

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[Ouvir] Band of Horses - No One's Gonna Love You

 

Hoje estou muito Band of Horses…

 

Seattle – Sim City

 

A cidade de Cobain, mas também do Fraser.

O paradoxo típico da vida.

 

Seattle2

quarta-feira, 23 de abril de 2008

[Ouvir] Feist – The Limit of your Love

 

Em junho vamos poder rever e voltar a ouvir a doçura da voz desta menina.

Sweet…Sweet.

 

terça-feira, 22 de abril de 2008

[Ver] Water

 

LisaRay

   

Título Original:
"Water" (2005) [Canada]

Realização:

Deepa Mehta

Actores:

Seema Biswas - Shakuntala
Lisa Ray - Kalyani
John Abraham - Narayan
Sarala - Chuyia
Manorama - Madhumati
Vidula Javalgekar - Patiraji "Auntie"
Raghubir Yadav - Gulabi
Kulbhushan Kharbanda - Sadananda
Vinay Pathak - Rabindra

Comentário

Três gerações, três destinos, três niveis de esperança.
Este "Agua" conta-nos uma história dificil de digerir e ao mesmo tempo impossível de não saborear.


A acção gira em torno de três viuvas, uma menina de 9 anos acabada de entrar numa engrenagem hipócrita de desumanização, uma jovem de vinte e poucos com uma porta entreaberta para a salvação adiada e uma senhora de 50 e muitos ao qual a miséria encapotada de tradição religiosa retirou a possibilidade de viver.


O filme roda em volta destes três seres humanos e leva-nos numa viagem traumática que só pode acabar mal, com a destruição natural e cruel de toda a pureza, amor e fé numa sociedade marcada pela miséria.


A pureza de uma criança arrancada aos pés da necessidade de sobrevivência, o amor inocente de uma jovem fatalmente destruído perante o preconceito social de uma sociedade de vistas curtas, a fé de uma velha atraiçoada perante o realismo miserabilista de um povo que tem de lutar pelo pão que come.


As diferentes tonalidades que percorrem o filme, evoluindo dos cinzas, passando pelos suaves azuis e verdes e terminando com o falso esfusio dos vermelhos e amarelos, enquadram-nos de uma forma harmoniosa com o sentimento que emana da história, começamos pela inocência, percorremos um amor efêmero e estival e terminamos com regresso a uma realidade nua e crua.
O trabalhos dos actores, o trabalho de realização tudo isso é subalternizado ao poder da história e esse é de facto o grande mérito de Deepa Mehta, o de reconhecer a força da própria história e de se deixar conduzir por ela, de se limitar a concretizá-la visualmente no fim de contas de a deixar-se contar. Quanto a voçês, eu acho que não se arrependerão se se derem ao trabalho de a ouvir


[4/5] Uma história poderosa

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segunda-feira, 21 de abril de 2008

[Ler] Diário Russo - Anna Politkovskaia

 

Anna

 

O assalto ao Teatro Nord OST, o massacre da escola de Beslan, a contínua violação de direitos humanos com assassínios, raptos e violações, a destruição dos meios de comunicação independentes, a alteração das leis eleitorais para melhor permitir a manipulação do processo eleitoral, enfim um rol infindável de atrocidades que por incrível que pareça acontecem neste momento na Russia de Putin com beneplácito dos lideres europeus amarrados a dependências das reservas de gás e petróleo russo.

Uma escritora, uma jornalista, uma mulher que pagou com a vida a ousadia de procurar denunciar o odioso esquema putiniano de vitimização de um povo que não tem coragem, nem força de lutar.

Um exemplo exemplar da hipocrisia que grassa num mundo cada vez mais próximo do abismo.

Dois tiros na cabeça quando chegava a casa em Outubro de 2006, foi a recompensa da sua coragem, Putin continua o seu processo mafioso de eternização no poder e o Ocidente continua a ignorar  a vaca na sua sala.

Vergonha.

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quinta-feira, 17 de abril de 2008

[Admirar] Christina's World - Andrew Wyeth

Criada em 1948 por Andrew Wyeth é uma das obras de arte mais emblemáticas da cultura Americana.

Inevitável alguns minutos de contemplação, é de facto a desvantagem de não podermos ir a NY com regularidade.

 

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Visto no MOMA.

[Ver] Começar a acabar

 

Comecar

 

Encenação :

João Lagarto

Actores:

João Lagarto

 

Comentário:

Uma entrada arrastada e torturada, uma saída arrastada e torturada, mas uma viagem alucinante recheada de emoções, de sonhos, de desenganos e desespero.

João Lagarto consegue tudo isso trazendo mais uma vez à pequena Sala Estúdio do TN o texto assombroso de Samuel Becket.

Para quem gosta de bom Teatro esta é uma segunda oportunidade a não perder.

terça-feira, 15 de abril de 2008

[Ouvir] Tom Tom Club - Wordy Rappinghood

 

Hoje, estou preguiçoso…Um inusitado assomo de sorriso.

 

[Ouvir] Yael Naim – New Soul

 

E já agora, esta é outra menina que vai estar cá num dos nossos festivais de verão.

 

[Ouvir] Asha – Fire in the Mountain

 

Oiçam isto, e depois não a percam no Santiago Alquimista.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

[Ver] My Blueberry Nights

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Título Original:
"My Blueberry Nights" (2007) [China/France]

Realização:

Wong Kar-Wai

Actores:

Jude Law  - Jeremy 
Norah Jones  - Elizabeth 
Natalie Portman  - Leslie 
Rachel Weisz  - Sue Lynne 
David Strathairn  - Arnie 

Comentário

Kar Wai Wong acerta mais uma vez em cheio.

Um filme que emana beleza desde o primeiro frame, uma beleza à moda antiga, uma beleza que transpira inocência dos tempos em que o cinema era charme e sedução.

E o tema era tão simples, não estamos perante uma trama política sobre as atrocidades da guerra, não estamos perante uma invasão extraterrestre, não estamos sequer perante uma história de amor impossível, não a proposta é tão corriqueira, tão simples, tão batida que poderia ser até classificada como desprovida de interesse e vulgar.

Uma jovem procura superar um desgosto amoroso, conhecem algo mais desinteressante para vos levar ao cinema?

No entanto, Wong concretiza este conceito numa bela experiência para quem embarcar nesta viagem.

Um road movie, uma viagem pela América profunda, a música envolve as imagens, a história envolve os actores, a luz envolve a cor, tudo nesta experiência é envolvimento, é partilha, é íntimo.

A escolha de Norah Jones revelou-se extraordinária, não pelos seus dotes dramáticos, pelos seus dotes vocais, a voz doce e sussurrante da menina de NY permitiu a Wong criar esta sensação de intimidade que perpassa em todo o filme e que culmina com a “cena do beijo” mais íntimo e doce da história do cinema.

Mas para além da doçura de Jones e da sedução de Portman, temos um filme recheado de actores que brilham bem alto, desde os britânicos Law e Weiz passando pelo extraordinário desempenho de Strathairn.

Para completar, somos brindados com mais uma etérea aparição da cada vez mais sedutora Natalie Portman que destila sedução em cada frame, uma Portman que se afirma cada vez mais como uma diva, num mundo que cada vez mais se assume como estéril de star seduction.


[4/5] Doce, sedutor e íntimo.

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